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O preço da Esquizofrenia em Portugal ultrapassa os 436 milhões de euros por ano

Em Portugal, estima-se que existam cerca de 48 mil esquizofrénicos, dos quais 16% não possuem qualquer tipo de acompanhamento médico. É também importante referir que o valor disponibilizado para esta patologia ronda os 436,3 milhões de euros por ano, sendo estas as estimativas de um estudo de investigadores sobre a situação no país.

Carlota Santos Lima, Constança Veloso, Margarida Baião, Maria Oliveira Costa e Mariana Lagadoiro.
07 de Dezembro, 2023.

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A esquizofrenia faz com que os seus doentes passem por diversas dificuldades mentais diariamente.   Veridiana Scarpelli/SAÚDE é Vital ​

    Nos dias de hoje, embora os estigmas, relativamente à saúde mental, estejam a ser ultrapassados, o acesso ao diagnóstico e ao tratamento continua a estar fora de alcance de parte da população. Os serviços de saúde disponíveis apresentam dificuldades monetárias e políticas aos pacientes que sofrem desta doença psiquiátrica e aos subjacentes familiares e amigos.

    16%, isto é, 7.000 destes doentes não têm acompanhamento médico, seja no sistema de saúde privado ou público. Não obstante, os custos da esquizofrenia atingem os 436,3 milhões de euros anuais, segundo um estudo do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência. Comparativamente, este valor representa 0,24% do Produto Interno Bruto português, em 2018.

    De acordo com o estudo "2019. Custo de tratamento da psicose esquizofrénica num hospital do SNS e os seus determinantes. Universidade NOVA de Lisboa", elaborado no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho no ano de 2016, revelou que o custo médio por paciente é de 844,90€. Embora este valor seja informativo, é imprescindível afirmar que os dados foram dispersivos, variando entre os 6€ e 10.606,84€. O elemento que fez mais diferença foi o internamento dos pacientes. 

    Miguel Gouveia, um dos contribuidores para o estudo, revelou que “Em lado nenhum do mundo se consegue levar este número (de pessoas que não são acompanhadas regularmente) a zero, mas provavelmente, no nosso caso, com um pouco mais de investimento nos sistemas de saúde, seria possível reduzir esta realidade”.

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